terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pedro Roberto Ivo das Neves: Uma reflexão ‘sobre o
 Governo do Estado após agressões ao 
professor da UESB’
Uma reflexão

Foto: Reprodução
De repente, tudo se nivela por igual, tudo se parece muito um ao outro. Onde há semblante, há também algo de verdadeiro. Os imprevistos fazem a brecha suficiente para uma verdade aparecer. É quase como um ato falho. Mas é diferente, não se trata de algo que estava em recalque. Se trata de uma feição sabida, pensada fora dos efeitos do recalque, gozada antecipadamente ao ponto de ser rápida e eficaz quando se põe em ação. Ou seja, planejada. Onde há planos, há uma concepção, um aporte ideológico, no sentido de uma ótica, um modo de ver.

Tivemos oportunidade triste, doída, covarde sobre o nosso colega e amigo Reginaldo, de vir a saber que o dirigente do governo baiano, o Governador Rui Costa, nos pensa como potenciais inimigos seus, certamente de seus planos. Seria só para nós, professores universitários, essa retaguarda violenta, latente, perversa, covarde? Não consigo acreditar que não seja para todo o outro. E esse tipo de gente não me representa em nada, como sei que a muitos dos colegas da Uesb.
Vivemos um tempo de desilusão. Coisa boa, por um lado. Já não é sem tempo. Há algo aí que ainda sempre volta e que nos indica o quanto é complexo fazer existir uma boa política e alguém que assegure pratica-la.
A atitude do nosso colega ao buscar revelar um pequeno furo, um furo na segurança, uma enorme falta com a Educação, trouxe à mostra um imenso furo que já estava aí e que desconfiávamos. O que fazer? Pergunta que sempre surge num fim de linha, mas que não interrompe, não cessa o fluir do que vai no sentido da vida e no sentido da morte. Que nos enganemos menos, que simplifiquemos menos, que desperdicemos menos nosso verbo, nossa libido, nosso fazer.

Pedro Roberto Ivo das Neves.




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