quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Operação Resta Um investiga dinheiro de caixa 
dois na campanha de Lula em 2006
Operação Resta Um investiga dinheiro de caixa dois na campanha de Lula em 2006
Deflagrada nesta terça-feira (2) pela força tarefa da Operação Lava Jato , a Operação Resta Um (veja aqui) investiga a suspeita de que dinheiro desviado pela Petrobras teria irrigado a campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006. O consórcio Quip, liderado pela Queiroz Galvão, alvo da operação desta terça, teria repassado R$ 2,4 milhões ao caixa dois da campanha, segundo delatores. “[A Queiroz Galvão] Está envolvida em pagamentos de propina através de caixa um, doações eleitorais sob o manto de uma suposta legalidade. Nós temos caixa dois, por exemplo, pagos pela Consórcio Quip para campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006, também propina”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. O ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, revelou em sua delação premiada como ocorreram os pagamentos a campanha de Lula. Em depoimento à Polícia Federal, Pessoa afirmou que fizeram parte do suposto esquema as empresas Queiroz Galvão, IESA e Camargo Corrêa. Segundo o empreiteiro, o pedido de doação fraudulenta partiu do então tesoureiro da campanha petista José de Filippi Junior, ex-secretário de Saúde do município de São Paulo, para a empreiteira Queiroz Galvão, na época líder do consórcio Quip. A solicitação, então, foi discutida em uma reunião com representantes das quatro empresas, com Pessoa como representante da UTC.

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