Herzem Gusmão afirma que não recebeu
dinheiro da OAS
Por Luiz Fernando Lima
Em uma das mensagens trocadas entre Geddel Vieira Lima (PMDB) e Leo Pinheiro, então presidente da OAS, divulgadas no relatório da Polícia Federal nesta quarta-feira (20) pelo O Globo, há um pedido de recursos para a campanha de Vitória da Conquista em 2012. O candidato na ocasião pelo PMDB foi o deputado estadual Herzem Gusmão.
Herzem não recebeu dinheiro diretamente da empreiteira, contudo, o diretório estadual do PMDB repassou R$ 575 mil dos R$ 743,529 totais arrecadados na campanha. A OAS doou ao diretório R$ 300 mil. Na eleição de 2012 não havia ainda o registro do rastro do recurso, ou seja, não é possível identificar se parte do dinheiro repassado pela direção estadual para a campanha de Herzem era do montante recebido pela OAS.
“Nós não recebemos dinheiro da OAS. O que recebemos foi do diretório estadual. Há ai também uma outra informação importante porquê doação é diferente de propina. Não foi propina. Precisamos entender que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não dá para fazer ilação com o que não existe”, afirmou Herzem.
Nas descrições publicas pelo O Globo, Pinheiro demonstrou ter concordado em doar, mas ressalvou que o ex-governador Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, também atuava na cidade. Nas prestações de conas do prefeito Guilherme Menezes, candidato naquela oportunidade pelo PT, não há registros de doação da empreiteira.
Guilherme recebeu R$ 807,990 dos R$ 865,990 arrecadados na campanha do comitê financeiro único. O comitê recebeu R$ 450 mil da direção estadual do PT. Mas não a registros de doações da OAS na prestação de contas do diretório estadual do PT.
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