Terceiro colocado, Arlindo define hoje
com quem marcha
Apoio a Zé Raimundo é “remotíssimo”, afirma Arlindo.
O tucano Arlindo Rebouças obteve expressivos 12.423 votos, o equivalente a 7.57% do total de votos válidos, ocupando a terceira colocação numa acirrada disputa marcada pela polarização entre PT e PMDB. Expressivos porque provavelmente graças a esta votação Vitória da Conquista não conheceu ainda no primeiro turno seu futuro prefeito. Confortável e comemorando o resultado, o vereador conversou na noite desta segunda-feira com o Blog do Fábio Sena sobre seu destino político no segundo turno das eleições.
Ele não afirma, diz que reunirá seu grupo político para definir que caminho trilhar, mas entre as três alternativas prováveis – manter-se neutro, apoiar Zé Raimundo, do PT, ou Herzem Gusmão, do PMDB – parece que a tendência será mesmo declarar apoio ao peemedebista ainda na noite desta terça-feira (4). “Apoiar Zé Raimundo é a possibilidade mais remota, remotíssima. O recado das urnas é pela mudança”, argumentou Arlindo Rebouças, que já recebeu “absoluto aval” da direção regional do PSDB para seguir qualquer caminho.
Protagonista de um dos episódios mais marcantes da campanha eleitoral, quando desferiu duras palavras contra o candidato do PMDB, Arlindo Rebouças deixou claro que nenhuma decisão será tomada isoladamente, mas depois de amadurecida internamente no partido. Não esconde totalmente que o rumo mais provável será mesmo de apoio ao peemedebista. “Vamos conversar muito com Herzem. Podemos ajudar a cidade”. Indagado se, uma vez declarado o apoio, haveria engajamento na campanha, disse: “Não há meio apoio. Não fico encima do muro. Vamos entrar para garantir a eleição”.
Na visão de Arlindo, é “impossível” que Zé Raimundo vença as eleições em Vitória da Conquista. “Nenhuma chance”, disse, embora considere que os petistas devam armar-se para uma campanha agressiva. “Vai ser aquele jeito deles, de acusação, de difamação. Vão bater nesta tecla”, afirmou. O vereador analisa que, mesmo assim, a população optará por romper com o governo petista, o que já teria sido sinalizado com os 60% de votos dados a ele e Herzem Gusmão no primeiro turno.
Sobre sua campanha, afirmou que foi “difícil”, carente de recursos financeiros, especialmente pela proibição de doação por empresas. Além disso, contabiliza Arlindo, a greve dos bancos serviu para prejudicar mais ainda. “Foram muitas dificuldades. Tivemos apenas dois carros de som, que foram doados. Por isso, ficar em terceiro lugar foi um ganho grande”. Segundo Arlindo, o PSDB demorou para uma solução interna e, depois, para compor a chapa.
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