Gilmar afirma que ocupações em escolas são
‘legítimas’, mas é preciso ‘respeitar direitos’
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou neste sábado (29) que as ocupações em escolas de todo o país são legítimas, mas que é preciso respeitar direitos. Alguns locais de votação para o segundo turno das eleições precisaram ser transferidos por causa dos atos. “Sem dúvida nenhuma, isso precisa ser pensado. É legítimo que se façam protestos, mas é preciso também respeitar direitos que devem ser exercidos. É preciso que haja a devida medida e devemos pensar nisso de uma maneira crítica”, avaliou Gilmar Mendes, após a conferência das assinaturas dos sistemas de gerenciamento e totalização de votos para o segundo turno. Para o ministro, o segundo turno será mais tranquilo no contexto dos casos de violência registrados em diversos estados em meio ao primeiro turno das eleições “Todavia, tomamos todas as cautelas. Redobramos as cautelas em relação ao Rio de Janeiro; a São Luís, onde tivemos incidentes; e também agora voltamos os olhos para Porto Alegre, onde tivemos ataques a comitês. Estamos tomando todas as medidas em contato com os TREs [tribunais regionais eleitorais] para que não haja nenhum desdobramento negativo”, disse, de acordo com a Agência Brasil. A expectativa do ministro é que, até as 20h, os resultados das urnas já estejam "devidamente avaliados". Sobre a rusga entre os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, Gilmar Mendes avaliou apenas que “não há nenhuma dificuldade”. “O Brasil tem dado lições ao longo destes anos todos. Estamos vivendo 30 anos de normalidade institucional, isso deve ser sempre ressaltado. Não podemos esquecer, o presidente Temer sempre repete, que a Constituição prega, preconiza, determina a independência e a harmonia entre os Poderes. Portanto, não existe essa autonomia pensada como soberania. É preciso também que cultivemos a harmonia e o diálogo institucional. Ele é imperativo”, disse Gilmar.
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